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Faces do Deepfakes: Desinformação Vs. Inovação

18 de setembro de 2024
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Alessandra Montini

Na atualidade, a tecnologia avança a passos largos, e, com ela, surgem inovações que, embora fascinantes, também trazem desafios significativos. Um exemplo marcante disso são as deepfakes. Essas criações digitais, geradas por técnicas avançadas de inteligência artificial, têm o poder de transformar o que vemos e ouvimos em algo totalmente novo — ou, na verdade, completamente falso.

No entanto, de acordo com uma pesquisa da Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança, 66% dos brasileiros não têm ideia do que seja o deepfake. 

No fundo, essas tecnologias podem criar vídeos, imagens e áudios tão realistas que é difícil distinguir a ficção da realidade. E é justamente essa capacidade de manipulação que nos leva a refletir sobre os perigos e os benefícios dessa ferramenta.

Os perigos das deepfakes

amos começar pelos riscos. As deepfakes têm o potencial de causar estragos consideráveis. Imagine, por exemplo, um vídeo altamente convincente de um líder mundial fazendo uma declaração polêmica que nunca aconteceu. A rapidez com que tal conteúdo poderia se espalhar e influenciar a opinião pública é alarmante. A desinformação nunca foi tão sofisticada e perigosa.

Em 2019, Nancy Pelosi, então ex-presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, foi alvo de um deepfake que distorceu um vídeo real para insinuar que a democrata estava tendo dificuldades de fala durante um discurso.

O criador dessa manipulação digital reduziu a velocidade do vídeo original e ajustou o áudio para dar a impressão de que ela estava tropeçando em suas palavras. Esse conteúdo enganoso se espalhou amplamente nas redes sociais e foi removido do YouTube após gerar controvérsia.

Para evitar esse tipo de conteúdo, recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou 12 propostas de resolução que serão aplicadas nas eleições municipais deste ano. Entre elas, estão regras para o uso da Inteligência Artificial (IA) e até mesmo a proibição do uso dos deepfakes nas campanhas.

Além disso, temos o uso de deepfakes para criar vídeos de pornografia não consensual ou para fraudes elaboradas. Esses são usos extremamente prejudiciais, que podem causar danos pessoais e financeiros significativos. E, sejamos francos, a capacidade de criar conteúdos que imitam a voz e o rosto de alguém com tanta precisão é um pesadelo para a segurança e a privacidade.

As deepfakes e suas facetas positivas

Agora, antes que nos afundemos completamente no lado sombrio, é importante lembrar que as deepfakes também têm uma face positiva. Pense nelas como uma faca de dois gumes: se usadas com responsabilidade, podem abrir portas para inovações incríveis.

No mundo do entretenimento, por exemplo, as deepfakes podem ser usadas para criar dublagens que parecem extremamente naturais e autênticas. A tecnologia permite sincronizar de forma precisa os movimentos labiais e as expressões faciais com a nova faixa de áudio. Isso resulta em uma experiência de visualização muito mais imersiva, onde o público sente que o ator original está falando na língua local.

Na educação, essa tecnologia pode criar simulações realistas que são ótimas para treinamento e desenvolvimento de habilidades. Imagine um curso de primeiros socorros onde você interage com cenários simulados que parecem incrivelmente reais. Isso pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a formação e a preparação para situações críticas.

E não podemos esquecer da acessibilidade. As deepfakes podem ser usadas para criar vídeos em linguagem de sinais, ajudando a tornar o conteúdo mais acessível para pessoas com deficiência auditiva. Isso é um passo importante em direção a uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

O caminho para um uso consciente

Então, como podemos aproveitar os benefícios das deepfakes sem nos perder nos perigos que elas apresentam? A resposta está na abordagem cuidadosa e responsável.

Primeiro, precisamos de educação e conscientização. Informar o público sobre o que são deepfakes e como identificá-las é essencial para combater a desinformação. Segundo, investir em tecnologias que ajudem a detectar e verificar a autenticidade dos conteúdos.

Além disso, regulamentações claras e políticas bem definidas podem ajudar a guiar o uso responsável dessa tecnologia. E, claro, a transparência na criação e distribuição de conteúdo digital pode fortalecer a confiança do público.

Por fim, podemos dizer que as deepfakes são ferramentas poderosas, que carregam em si a dualidade de ser tanto uma benção quanto uma maldição. Ao abraçar o potencial positivo e trabalhar para mitigar os riscos, podemos garantir que essa tecnologia avance de forma a beneficiar a sociedade, sem sacrificar a verdade e a confiança.

Os desafios de manter a privacidade em tempos de IA

21 de setembro de 2023
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Elisa Montini

“À medida que confiamos em sistemas inteligentes, é importante examinarmos atentamente as implicações para os limites éticos

Em 2020, entrou em vigor a LGPD (Lei Geral de Proteção dos Dados), que tem como objetivo regular o tratamento de dados pessoais por organizações públicas e privadas. Ela estabelece princípios fundamentais, como o consentimento do titular dos dados para o tratamento de suas informações, a necessidade de transparência por parte das organizações que coletam e processam dados, a garantia de acesso e correção das informações pelos titulares e a responsabilidade das empresas em proteger os dados pessoais”

Confira o artigo completo no Febraban Tech.

A IA fortalece ou compromete a segurança digital?

14 de setembro de 2023
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Elisa Montini

“Só no primeiro semestre desse ano, o Brasil foi o país mais visado em ataques cibernéticos da América Latina. Os criminosos não pouparam usuários comuns e nem empresas, chegando a marca de 23 bilhões de incidentes, de acordo com a empresa de cibersegurança Fortinet.

Se um invasor conseguir explorar uma vulnerabilidade em um sistema de IA de segurança, isso poderá comprometer a integridade de tudo. É possível também criar deepfakes e outras formas de falsificação de identidade, comprometendo a segurança ao enganar sistemas de autenticação.”

Confira o artigo completo no TecMasters.

Inteligência artificial no agro: Saiba como usá-la na rastreabilidade de proteína animal

26 de julho de 2023
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Elisa Montini

“A população mundial deve chegar a 8,5 bilhões de pessoas em 2030, segundo a ONU – Organização das Nações Unidas. É evidente que com o planeta cada vez mais populoso, haverá uma necessidade maior na produção de alimentos. A estimativa é que o consumo de carne de origem animal aumentará 11% até 2027 em todo o mundo, um dado importante para o Brasil que é o maior exportador e produtor de carne bovina, de acordo com dados do USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

A tecnologia no agro é uma realidade que está mais frequente. As inovações trazidas por diversas ferramentas e até mesmo pela IA estão transformando a forma como a agricultura é realizada, melhorando a eficiência, aumentando a produtividade, reduzindo os impactos ambientais e promovendo a sustentabilidade. Os benefícios são significativos para a indústria alimentar e para os consumidores.”

Confira o artigo completo na Infra News.

Será que a IA é mesmo uma ameaça para a humanidade?

17 de julho de 2023
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Elisa Montini

“Recentemente, um pesquisador do Google Deepmind e da Universidade de Oxford escreveu um artigo mostrando que há chances de a humanidade chegar ao fim por causa da inteligência artificial (IA). Em seu argumento, publicado na revista AI Magazine, “as máquinas eventualmente serão incentivadas a quebrar as regras que seus criadores definiram para competirem por recursos limitados ou energia”.

Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos, a maioria dos norte-americanos teme que a IA possa colocar a humanidade em risco. Dos entrevistados, 61% acreditam que ela pode ameaçar a civilização. Outros 22% apenas discordam, e 17% permanecem inseguros quanto ao futuro dos mecanismos.”

Confira o artigo completo na Febraban Tech.

A Inteligência Artificial vai roubar nossos empregos?

17 de julho de 2023
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Elisa Montini

“A Inteligência Artificial (IA) tem se estabelecido como uma das tecnologias mais promissoras do Século XXI, trazendo inúmeras vantagens e transformações para diversos setores da economia No entanto, junto com as inovações proporcionadas pela IA, surgem preocupações legítimas sobre o impacto dessa tecnologia no mercado de trabalho e a possibilidade de substituição de empregos humanos por máquinas inteligentes.

A adoção responsável da IA requer uma abordagem cautelosa, que leve em consideração a requalificação profissional, a ética, o investimento em educação e a colaboração entre humanos e sistemas inteligentes. Somente dessa forma poderemos aproveitar plenamente os benefícios dessa tecnologia e construir um futuro de trabalho que alie o potencial da IA com o valor intrínseco do trabalho humano.”

Confira o artigo completo no Olhar Digital.

Entenda como a inteligência artificial muda produção de proteína animal

17 de julho de 2023
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Elisa Montini

“Que o agro é tech, todo mundo já sabe. Felizmente, a tecnologia chegou a esse setor e os produtores souberam fazer bom uso dela, transformando radicalmente a maneira de trabalho no campo, automatizando diversas tarefas e mantendo o Brasil em constante expansão.

São inúmeros os benefícios de investir em inteligência artificial na produção de proteína animal e é um diferencial competitivo para os produtores rurais que quiserem ser vistos e trilhar nesse setor que está em constante expansão.”

Confira o artigo completo na Tec Masters.

Cinco aplicações em que a inteligência artificial pode ser útil no campo

30 de junho de 2023
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Elisa Montini

“A Inteligência Artificial é uma tecnologia que pode beneficiar muitos produtores rurais, já que ela é capaz de processar uma grande quantidade de dados e fornecer insights valiosos. Isso ajuda em todas as decisões estratégicas para otimizar a produção e maximizar os lucros.

Separei cinco aplicações em que a inteligência artificial pode ser útil no campo e que podem ajudar os produtores rurais.”

Confira o artigo completo na Olhar Digital.

Brasil e o jogo dos sete erros que impede seu crescimento tecnológico

26 de junho de 2023
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Elisa Montini

“Depois de muito debate e uma certa hesitação, o Brasil iniciou em 2022 a implementação da conexão 5G, com maior velocidade e menor latência. Contudo, tal novidade acontece em conta-gotas: a expectativa é que cidades com mais de 30 mil habitantes só tenham acesso a essa tecnologia em 2029. A questão é que em 2030 a China promete disponibilizar comercialmente a conexão 6G para o mundo. Ou seja, menos de um ano depois de finalmente consolidar o 5G em grande parte de seu território, o Brasil já estará defasado em relação ao que há de melhor em tendências tecnológicas.

Esta é apenas mais uma entre tantas situações que exemplificam nosso atraso tecnológico. Não preciso ser um especialista na área para saber que o Brasil ainda está muito atrás quando o assunto é evolução da tecnologia. Qualquer pessoa com condições de viajar ao exterior em países mais desenvolvidos irá encontrar novidades que levarão tempo para chegar até nós – e, normalmente, em condições pouco atraentes ou acessíveis.”

Confira o artigo completo na InfraNews.

IA e Agronegócio: a colheita é certa!

13 de junho de 2023
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Elisa Montini

“O início de junho foi marcado pelas revisões sistêmicas sobre as projeções de crescimento da economia brasileira para 2023. O setor de agronegócio foi um dos motivos para isso, já que avançou 21,6% e deve ser o maior motor do PIB neste ano. É claro que isso se deve à enorme demanda que temos nessa área, mas ela só conseguiu atender todo o mercado graças à implantação de tecnologias que trouxeram muito mais eficiência em toda sua cadeia de produção.

Embora o agronegócio seja lembrado pela quantidade de tarefas manuais e trabalhos braçais, ele precisou se reinventar como tantos outros setores diante da transformação digital. Para continuar competitivo e ter produtos com maior qualidade a adoção de ferramentas foi necessária.”

Confira o artigo completo no Febraban Tech.

O que a proposta de regulamentação de plataformas digitais pode trazer de benefício à cibersegurança?

13 de junho de 2023
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Elisa Montini

“Enquanto produzia esse texto, um intenso debate entre políticos, membros da sociedade civil, empresas e autoridades acontecia nas altas esferas do poder. No meio das polêmicas, troca de acusações e negociações está a votação do projeto de lei 2.630/20, popularmente conhecida como “PL das Fake News”. Hoje, todas as atenções estão voltadas para as propostas que abordam a disseminação de conteúdo nas plataformas, mas o texto também pode trazer ramificações benéficas para a cibersegurança.

Por isso, o projeto de lei 2.630/20 também trará desdobramentos para o planejamento estratégico de segurança digital das organizações. A tendência é dificultar ainda mais a ação de cibercriminosos no ecossistema da internet. Confira os principais benefícios esperados com a aprovação da nova lei.”

Confira o artigo completo na Tec Masters.

O que podemos esperar do PL da inteligência artificial?

1 de junho de 2023
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Elisa Montini

“Enquanto todas as atenções das empresas de tecnologia, do poder público e da sociedade civil estão voltadas para o PL das Fake News, como ficou conhecido o projeto de lei 2630/20, outro texto entrou em tramitação no Poder Legislativo –e é igualmente importante para a boa utilização das soluções tecnológicas no Brasil. O projeto de lei 2338/23, apresentado em maio pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), presidente do Congresso Nacional, propõe estabelecer condições para um marco legal da inteligência artificial.

Mas quais são os tópicos que esse projeto de lei pretende englobar em sua proposta de inteligência artificial? Quais desafios e limites que surgem nesse debate? Entender esses pontos agora garante maior transparência na hora de votar e discutir cada parágrafo da lei, evitando dúvidas e, principalmente, manobras que possam adiar sua tramitação. Quanto mais rápido adiantarmos sua votação, menos problemas poderemos ter no futuro. “

Confira o artigo completo no Febraban Tech.