A desigualdade digital no Brasil, um reflexo das disparidades socioeconômicas e educacionais, é evidente no fato de que 36 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet, conforme a pesquisa TIC Domicílios de 2022. A maior concentração desses indivíduos está na região Sudeste (42%), seguida pelo Nordeste.
Grupos como idosos, pessoas negras, aqueles com ensino fundamental incompleto e as classes D e E são os mais afetados. Essa lacuna digital, que aprofunda as desigualdades já existentes, tem na inteligência artificial (IA) um papel ambivalente: ela pode tanto mitigar quanto ampliar essas disparidades. A IA tem potencial para democratizar o acesso a serviços essenciais como saúde e educação, permitindo diagnósticos mais precisos e uma educação personalizada. Contudo, há o risco de que, se não for bem direcionada, a IA acabe por reforçar as barreiras que já separam os incluídos dos excluídos digitalmente.
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